Planeta cor-de-rosa

Durante muitos anos, as mulheres permaneceram muito limitadas em suas possibilidades sendo enormemente submissas às vontades masculinas. Mesmo desde antes de Cristo, em muitas civilizações, as mulheres eram usadas, desprezadas e não tinham oportunidades. As mudanças nessa situação de inferioridade frente ao sexo masculino foram muito lentas ao longo dos século, sendo, em muitos locais, ainda experimentada nos dias atuais. Contudo, desde o início do século XX pôde-se vislumbrar um novo panorama relativo a essa situação: A mulher como participante da população economicamente produtiva da sociedade. Mas, mesmo inserida no mercado de trabalho as mulheres continuavam inferiores aos homens em termos salariais, e no conceito de muitos empregadores quanto às suas capacidades. Poucos empregos eram permitidos ou destinados às mulheres, coisa que dificultava a inserção de muitas delas no mercado de trabalho, mas, mesmo que com poucas, surgia um novo perfil na sociedade: A mulher polivalente! Mãe, dona de casa, esposa e trabalhadora remunarada, a mulher começava a garantir seus espaços e ganhar novas oportunidades. O seu empenho e eficiência começaram a convercer o empresariado que elas poderiam ser muito bem aproveitadas como mão-de-obra efetiva. Esse processo de ganho de espaços tomou uma proporção gigantsca o que mudou o perfil da sociedade como um todo. Nesse novo perfil a sociedade tratava a mulher como força de trabalho assim como o homem sem [grandes] diferenças. As reivindicações elutas em prol dos seus direitos fizeram com que a sociedade ouvisse as mulheres e começasse a valorizar ao máximo a população feminina. Muitos programas voltados à saúde da mulher foram implantados, bem como instituições que se destinavam a cuidar de MENINAS carentes e ófãns. No mercado de trabalho, muitas empresas que antigamente só empregavam homens começaram a fazer restrições a eles e disponibilizar vagas apenas ao público feminino. Bem como a delegacia da mulher que foi criada para defender os seus direitos (das MULHERES). Outro ponto foi a própria mudança da atitude feminina que dava mais segurança para competir ou defrontar-se com um homem sem sensação de inferioridade, bem como a valorização da mulher na mídia, seja audiovisual ou impressa. Frases como: "Ele vai ficar aos seus pés", "Mande no seu marido", "Ponha moral no seu esposo" começaram a ser difundidas sem maior receio, o que começou a sugerir uma inversão de papéis: a mulher, dona de si, agora protegida por leis próprias e privilegiada em muitos campos do mercado, pode tocar sem ser tocada, pode bater sem apanhar, pode falar sem ter que ouvir... O planeta está se tornando cada vez mais cor-de-rosa. Mas uma pergunta: Onde estão os programas de saúde masculina? E as creches para MENINOS abandonados (são muuuitos)? E os direitos HUMANOS, sejam HOMENS ou mulheres?

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